segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hoje

O mundo dá voltas. Se você tiver que aprender uma única lição, então que seja essa. Com essas palavras, nos levantamos. Com elas nenhuma experiência é a melhor que existe, nem há dor que perdure infinitamente. Para o bem ou para o mal, nada permanece imóvel ou inerte no tempo.

Hoje posso dizer que sou - ou estou - muito feliz. Dá medo né? Vivemos percorrendo a felicidade e muitas vezes não percebemos quando estamos em sua companhia. Porque vivemos contra o tempo, almejamos muito, ou porque insistimos em viver a espera do futuro. E você já reparou que, ironicamente, ele sempre adia sua visita?

Por isso aprendi a ser feliz com as pequenas coisas - aquelas que ninguém vê. Amo dias bonitos de sol. Dias de chuva em baixo do cobertor. Ressacas curadas com um bom mergulho no mar. Crises de risos inexplicáveis, rosas inesperadas, sorrisos sinceros, abraços carinhosos. Adoro o cheiro que só o verão tem, dançar esquisito em conjunto, passar um dia inteiro só com amigos, viajar.

Quanto mais faço o que gosto, mais acho tempo para cuidar de mim, para investir na minha carreira e cuidar do meu futuro. Mas sem esquecer o agora. Daqui a pouco o mundo gira. Boba serei eu - ou nós - se não aproveitar o que tenho hoje.

O que te faz feliz?

Carpe Diem

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os mil sorrisos de Magno

Durante os 960 dias que estudei na PUC não me lembro de algum dia ter visto Magno triste. Além do seu belo sorriso, sua elegância – está sempre de terno, geralmente da cor cáqui – e bom humor lhe são constantes. Ninguém sabe ao certo o que ele faz – e para a maioria, não importa. O normal é cruzar por ele pelos corredores da faculdade, o cumprimentar, e seguir caminho.

Se as salas de aula estiverem abertas, computadores e vídeos funcionando e o ar condicionado resfriando, ninguém nota a presença – ou ausência – do morador de Nova Iguaçu. Saio por ai perguntando as pessoas o que ele faz. Ninguém acerta. Mas todos sabem quem ele é. “Magno? Claro, é uma pessoa muito simpática, que trabalha com o Aníbal. Ele é como um faz-tudo da PUC”, uma aluna responde.

Luis Carlos Magno é técnico do laboratório de audiovisual do departamento de Comunicação da PUC-Rio. Antes que todos cheguem à faculdade, lá está ele para destrancar salas, ligar projetores e garantir suporte aos professores.

Mas nem sempre foi assim. Ele começou na PUC no estacionamento, como guardador de veículos e por sua dedicação, subiu de cargo. Não é para menos. Enquanto muitos ainda nem dormiram, o ‘faz-tudo’ já está de pé. “Eu me levanto às 3h30 da manhã, para estar às 5h40 na faculdade. Porque como eu nunca gostei de chegar 15 minutos atrasado, eu procuro chegar 1h antes”, conta.

Conversar com o Magno é como uma aula de sobrevivência. Ele me fez pensar sobre o ambiente de trabalho ao que, muitas vezes, somos submetidos: quantas vezes vi uma função não ser bem executada por falta de trabalho em equipe? Quase sempre noto nas pessoas um desejo voraz de ser melhor que o outro, de passar por cima dos demais, quando se pode avançar junto, justo. Precisamos ser capitalistas o tempo todo?

O mundo exige de nós o tempo inteiro. Desde cedo aprendemos a proteger o que é nosso. Mas desde quando isso significa destruir o castelinho de areia do outro?

Construa o seu!

Existe quem vem tirar a tua paz, mas assim, sabe como eu procuro responder? Com um sorriso”.

Fica a dica.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nublado

Sentada de frente para o mar vejo tudo o que passou. O vento bagunça meus cabelos, o céu está negro e posso sentir as gotas de chuva caindo sobre mim.

Não é o tempo ruim que me deprime. O sol poderia estar a pino que meu estado de espírito continuaria cinza. Pelo menos assim eu me confundo com o tempo. Que pretensão essa de que devemos estar felizes o tempo todo!

Assim, com os pés na areia, óculos escuros e mirando o horizonte, ninguém parecia reparar nos meus devaneios. Não, nada grave está acontecendo. Não estou em crise e não tenho muito do que reclamar. Mas me deixa?

Olho para o céu e peço que as gotas de chuva lavem minha consciência e afastem meus pensamentos para longe. Ah, como deve ser feliz aquele que, por pelo menos um dia, consegue deixar de pensar. Porque insisto em carregar o mundo em minhas costas?

Hoje - e somente hoje - tenho vontade de me misturar ao tempo e sair sobre o balanço do vento sem me preocupar com nada além daquele breve instante de frescura.

Só o que importa é a nuvem carregada que não pode deixar de cair, as ondas que não podem deixar de bater e o tempo, que insiste em passar e apagar tudo. O melhor é voltar pra casa e dormir. Deixar que a vida siga seu rumo. Amanhã começa tudo de novo..

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Maluquices

Sou o tipo de pessoa que gosta de explicação para tudo. E quando não há, invento. E sou tão boa nisso, que fica até crível. Outras pessoas, ao contrário, acreditam que ações anteriores são a explicação para um fato. Um amigo apaixonado pelo São Paulo congela todas as notícias que saem na mídia sobre o seu time. E acredita que isso ajuda no desempenho da equipe.

E aqueles que garantem que o tempo vai mudar porque sentiram a cicatriz coçar, perna fisgar, ou qualquer outra coisa? Tem quem não passe debaixo de escadas, faça o sinal da cruz toda vez que cruze uma igreja ou não suporte histórias de fantasmas.

Quem vai dizer que não é verdade? E porque?

Pouco importa - pelo menos para a minha humilde vida - no que os outros acreditem, contando que aquilo os conforte. Mas uma coisa não faço: jamais digo que aquilo é besteira..vai que alguém roga uma praga pra cima de mim?! Vai saber....

(Semana que vem tem personagem invisível novo na área!)