segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Só quando criança

Queria crescer, sem perder a simplicidade infantil.
Ver o mundo de forma inocente
Ansiar pelas datas especiais como se a não chegada delas fosse pior que a morte
Gostava do tempo que as coisas demoravam pra passar
Da contagem regressiva para as férias
De arrumar a casa para o natal
E de encher a árvore de presentes e adivinhar os donos.
Gostava de esperar a chegada do novo ano, como se determinasse que a vida começava de novo
E depois que ele chegava, ah! como era bom ter uma nova chance
Gostava de acordar rezando por um dia bonito
Passar as manhãs de janeiro na praia, comendo milho
As tardes brincando de pique
E noites jogando baralho

Hoje passa tudo tão depressa, que quando ouvi na televisão que já estávamos em janeiro, tive medo.
O ano novo se aproximou tão rápido, que não comemorei com tanto entusiasmo quando a meia noite chegou.
E o natal foi um flash, que parece já ter passado há tempos.

Será que as coisas simples vão continuar a perde significado conforme envelheço?

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